sexta-feira, 26 de março de 2010

O que esperar do Internet Explorer 9

A terceira prévia do navegador foi lançada e mudanças significativas estão por vir. Confira as novidades!


Durante o evento MIX 2010 – acontecido em março –, em Las Vegas, a Microsoft lançou a primeira versão prévia (“Preview”) do Internet Explorer 9. Como o IE anda perdendo cada vez mais mercado para os concorrentes, a empresa decidiu realizar lançamentos desse tipo a cada oito semanas. Dessa forma, ela espera prender a atenção dos desenvolvedores e entusiastas do navegador.

O lançamento da segunda versão gerou algumas dúvidas – para não dizer “estranhamento”: não havia suporte para canvas e o teste de desempenho no Acid3 (página especificamente voltada para testar o desempenho de navegadores contra os principais padrões usados na internet) deu obteve 68 como resultado – o atual Opera, por exemplo, obteve 100 (máximo).

Muito, muito mais velocidade

Apesar do resultado ruim e deficiências da versão anterior, a terceira prévia mostrou que o IE9 será bastante competitivo – afinal, é preciso evitar que os usuários do IE migrem para outros navegadores. Para começar, seu resultado no Acid3 aumentou para 83 (segundo a empresa, isso foi só o início).

Outro destaque é a inserção de suporte para as tags

Com ele, ao invés de o próprio navegador tentar rodar animações em 2D ou 3D, quem faz isso é a placa de aceleração gráfica. Em outras palavras, ao invés de usar o CPU, agora é usado o GPU. Isso Para alcançar tal resultado, a Microsoft teve várias conversas com suas parceiras: Nvidia, AMD, Asus e Dell.

Animação de asteróides

A empresa explica que essa melhoria de desempenho acontece há anos nos aplicativos desktop (que você instala no PC), por isso, eles vêm ficando cada vez mais poderosos e exigindo cada vez mais aceleração gráfica.

No entanto, basicamente nenhum navegador atual utiliza a placa de vídeo para rodar qualquer coisa. Usando uma comparação fraca: é como se agora fosse possível rodar jogos de última geração pelo navegador – de maneira semelhante a um emulador de jogos.

Além disso, as empresas rivais da Microsoft – Google, Mozilla, Apple e Opera – já havia tempo que reclamavam sobre ela ignorar totalmente os padrões da web amplamente adotados por todas elas. Contudo, no IE9 PP3 o navegador abraçou os principais padrões – como o ES5 –, mas também manteve outros, como DOM e CSS3 (devido a pedidos dos desenvolvedores).

Aplicação da tag audio de HTML5

Veja você mesmo

Caso você queira ver com seus próprios olhos as melhorias alcançadas no browser até agora, experimente baixar o IE9 Plataform Preview 3 no site IE Test Drive – para instalar essa terceira versão da prévia é preciso ter o Windows Vista SP2, ou superior, instalado.

IE9  PP3

Ao rodar o navegador, ainda não é possível ter ideia de como será sua interface, pois os menus exibidos são exclusivos desta versão. Em outras palavras, não há como visualizar qualquer outro site, senão o próprio IE Test Drive. Afinal, ele possui dezenas de testes para que você possa ver com seus próprios olhos o que está por vir no IE9.

Visualização de trailers em sequência

Vários testaram essa versão contra os navegadores das concorrentes, porém os resultados variam bastante. Em alguns o Internet Explorer 9 vence absolutamente todos os concorrentes, sem deixar chance pedra sobre pedra. No entanto, há outros testes em que ele se equipara a alguns navegadores e perde para outros.

Tendo isso em mente, experimente você também o IE9. Entretanto, não se esqueça de compartilhar sua opinião com o Baixaki quando terminar de testar o navegador!


sexta-feira, 12 de março de 2010

Processador: desvendando o mistério do clock e da velocidade real

Saiba para que serve o clock, como medir a capacidade de processamento do CPU e como identificar outros detalhes importantes sobre o seu processador.

O processador é o componente do computador que mais influencia no desempenho, detalhe que sempre deixa o consumidor em dúvida na hora de adquirir um novo CPU. Há diversos fatores que determinam e fazem um CPU ser mais rápido que outro: dentre tantos, estão o clock, a memória cache e outros.

Para compreender melhor o desempenho dos processadores, o Baixaki elaborou um artigo que define alguns detalhes do processador e leva você a aprender como deve ser efetuada a comparação entre diferentes modelos. Neste texto abordamos a definição de clock e fizemos um guia completo para ensinar você como comparar os processadores.

Vale salientar que em nosso artigo abordamos explicações mais genéricas, voltadas para o público iniciante no mundo do hardware, portanto algumas definições podem parecer incompletas ou muito básicas.

Meu processador é mais rápido que o seu

Se você sempre imaginou que o clock é a velocidade do processador, você realmente estava certo. Contudo, no mundo da informática, uma velocidade não está diretamente relacionada com o aspecto “o mais rápido”. Para explicar exatamente a definição de clock, fizemos uma comparação um tanto quanto boba, contudo ideal para entendimento de todos.

Velocidade real é muito mais do que o clock

Quem vai comprar um carro geralmente fica atento a todos os detalhes, incluindo: a potência (determinada em CV ou HP), as cilindradas, a velocidade máxima, o rendimento do combustível e outros tantos aspectos.

Quanto aos processadores, também devemos analisar alguns fatores antes de fazer uma compra, por exemplo: a velocidade (clock), a quantidade de núcleos, a memória cache, o BUS, as instruções, a tecnologia de construção e muitos outros.

Experientes em mecânica devem saber que a velocidade máxima não quer dizer muita coisa, visto que um carro econômico (1.0) pode sim atingir 140 Km/h, mas não significa que ele consiga atingir a mesma velocidade no tempo em que um carro esportivo (2.0) conseguiria. Evidentemente não é possível dizer que o “2.0” consegue efetivamente o dobro da velocidade ou o dobro da potência, pois muitos fatores determinam o real desempenho de um carro.

Tão complicado de entender e escolher como um carro

No mundo da informática é parecido, pois um processador simples (dotado de um núcleo) que trabalha a 2,0 GHz não consegue ser tão rápido quanto um CPU de núcleo duplo que opere no mesmo clock. Entretanto, ter um processador com dois núcleos também não significa o dobro da velocidade.

Enfim, o que é o clock?

Se a explicação acima não foi suficiente para você compreender o real sentido do clock do processador, vamos explicar de outra forma. O clock nada mais é do que a frequência com que o processador consegue executar as tarefas. Ou seja, quanto maior a frequência (o clock), menor será o tempo de execução e, portanto, mais rápido será o processador.

Clock? O que é isso?

Claro que o clock está diretamente relacionado à velocidade, mas como exemplificamos nos parágrafos anteriores, o clock (frequência) não é o principal determinante da velocidade. Enfim, agora que você já tem uma boa noção do que é o clock, vamos falar sobre os núcleos e outros detalhes que podem (ou não) modificar a real velocidade.

Núcleos não são tudo

Obviamente, processadores com dois núcleos tendem a ser mais velozes do que os antigos CPUs de núcleo único. Assim, o mesmo exemplo pode ser aplicado aos processadores de quatro núcleos, quando comparados aos de núcleo duplo. No entanto, atualmente surgiram diversas análises que compravam justamente que os núcleos não são tudo.

Como? Oras, lembra-se da citação de que a frequência do clock não quer dizer exatamente maior velocidade? Isso também é válido para os núcleos, sendo que um número maior deles nem sempre significa um desempenho superior. Para comparar, podemos exemplificar com o Intel Core 2 Quad Q6600, que apesar de contar com quatro núcleos perde em desempenho (em diversos testes realizados) para um Intel Core 2 Duo E8400.

Tudo bem que o E8400 tem clock de 3,0 GHz enquanto que o Q6600 trabalha com frequência de 2,4 GHz. Contudo, não é só esse exemplo que mostra a diferença entre núcleos. Ocorrem também situações em que o clock e a tecnologia interna fazem toda a diferença, como é o caso dos novíssimos Core i5 e i7 de quatro núcleos, que mostram superioridade aos antigos Core 2 Quad.

Pequenas diferenças entre fabricantes

Para mostrar como realmente o clock não determina velocidade, podemos lembrar-nos dos antigos Intel Pentium 4 e AMD Athlon XP. Na época em que esses processadores eram comercializados, muita gente ficava com um pé atrás antes de adquirir um AMD. Por quê? Simples, porque os CPUs da AMD tinham um clock inferior e com isso davam a impressão de serem mais lentos.

Todavia, os entendidos no assunto sabiam que mesmo um AMD Athlon XP 2600+ rodando a 1,9 GHz conseguia desempenho semelhante ao Intel Pentium 4 de 2,6 GHz. Como? Tudo está relacionado à arquitetura interna dos processadores, fator que sempre manteve a tecnologia AMD totalmente diferente da utilizada nos processadores Intel.

Arquitetura? Sim, o modo como os processadores são “construídos” e programados altera completamente a velocidade e capacidade de processar dados e realizar cálculos. Dessa forma, um CPU Intel pode guardar alguns dados (na memória cache) antes de processá-los, enquanto que um AMD pode realizar o inverso (não que isso realmente ocorra).

Especificações e arquitetura mudam completamente

Memória cache

Um dos aspectos que progrediu junto com o aumento do clock e da quantidade de núcleos foi justamente a quantidade de memória cache — a memória interna utilizada para auxiliar no armazenamento de dados que serão processados. Talvez você não faça nem ideia de como os processadores usam esse recurso, porém é importante saber que a quantidade de memória também influencia na velocidade real do processador.

Os atuais processadores inclusive possuem diferentes níveis de memória cache — os tais L1, L2 e L3. Há CPUs que usam memória cache compartilhada, enquanto que outros possuem níveis dedicados. Os mais recentes processadores chegam a contar com mais de 10 MB de memória cachê, precisamente pelo fato de fazer diferença no processamento.

Como comparar?

Como você já percebeu, há diversas formas de comparar processadores. Se você está curioso para descobrir um pouco da real velocidade do seu processador, há algumas dicas que podem ser úteis:

1) Verifique no site oficial as especificações (incluindo o clock original) do seu CPU;

2) Baixe, instale e rode o CPU-Z (ou o Everest) para verificar as velocidades atuais de funcionamento do seu processador;

3) Execute programas de Benchmark (como o PCMark) e compare resultados na internet;

4) Efetue o teste de desempenho do Windows 7 ou Vista;

5) Converse com colegas que tenham outros modelos e compare suas experiências.

Qual comprar?

Caso você esteja pensando em adquirir um novo processador, já deve ter notado que vai precisar pesquisar muito para encontrar um CPU que atenda suas necessidades.

Escolha o seu

Por isso, a lista abaixo deve ajudá-lo a escolher um processador ideal:

1º) Saiba a marca que vai comprar;

  • Dica 1: atualmente a Intel possui os processadores mais rápidos;
  • Dica 2: os processadores mais baratos são da AMD, mesmo os de alto desempenho;

2º) Defina suas prioridades;

  • Dica 1: para atividades de escritório, compre o mais barato;
  • Dica 2: para multimídia, escolha um processador intermediário;
  • Dica 3: para jogos e programas pesados, pesquise pelos CPUs mais caros;

3º) Leia muito nos sites oficiais sobre os diversos modelos da categoria que você escolheu;

4º) Analise o tipo de memória requisitado para o processador (DDR2 ou DDR3);

  • Dica 1: processadores que usam memória DDR2 são mais baratos e os componentes requisitados (placa-mãe e memória) por eles também;

5º) Caso esteja averiguando CPUs de alto desempenho, aproveite para verificar a fonte necessária e as placas-mãe suportadas;

6º) Muitos sites na web publicam análises com gráficos comparativos: talvez alguns gráficos possam esclarecer o real desempenho do modelo que você está pensando em comprar e

7º) Pesquise preços, alguns CPUs não valem o valor exigido.

quinta-feira, 11 de março de 2010

LG Flutter: o celular conceitual que tem design em forma de bumerangue!

Quando se fala em modelos conceito, sempre o que é esperado são designs inovadores, formas diferenciadas e recursos ainda longe do alcance de qualquer um.

A LG, uma das maiores desenvolvedoras de aparelhos celulares do mundo, realiza um concurso anual entre profissionais da área de design e tecnologia, chamado de Annual Design the Future Competition ("Competição Anual Design do Futuro", em tradução livre).

Os objetivos são claros. Reunir pessoas competentes para que através de uma competição, tragam novas ideias, tendências e projetos que possam um dia vir a se tornar um produto para chegar às mãos do consumidor.

Flutter

Um dos ganhadores deste ano foi um celular que traz um conceito muito diferente. Chamado de “Flutter” pelo seu desenvolvedor, Dua Xiong, o aparelho faz de tudo para fugir do tradicional formato retangular de hoje em dia.

Apesar de o portátil também funcionar fechado, o designer usou como mote a ideia de que se deve fugir da mesmice e buscar uma alternativa diferenciada e ergonômica aos sempre “quadradões” smartphones.

LG  Flutter

Mesmo fechado, o visual do Flutter é muito interessante, com teclas prateadas num formato diferente. O visor traz somente as informações básicas necessárias para se fazer ou receber chamadas, ficando todas as outras funções disponíveis apenas com o celular aberto.

Celular bumerangue

Se a inspiração deste aparelho é flutuar ao vento, ele conseguiu. Isso porque quando está aberto o celular parece um bumerangue. Mas calma, a ideia não é jogá-lo como um! É, na verdade, ter um design totalmente diferenciado dos concorrentes.

LG  Flutter

Quando aberto, além do formato, o que chama a atenção é a tela de LCD com suporte para touchscreen. Ela serve obviamente para que o telefone se torne um smartphone com todas as funções necessárias. Com formas curvilíneas, a tela teria total encaixe no aparelho aberto.

Resta agora esperar a evolução dos smartphones e acompanhar cada lançamento. A tecnologia nunca se cansa, e para os aficionados sempre há novidade chegando.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O computador que desafia a inteligência humana

A IBM quer desafiar a mente humana. Para isso está desenvolvendo o Watson, um supercomputador para participar de um quiz americano. Estariam as máquinas superando nossa inteligência?

A IBM (International Business Machines) é uma das empresas mais tradicionais e poderosas do mundo tecnológico. O desenvolvimento de computadores com altíssimo desempenho de processamento de dados e investimentos em inteligência artificial (a tecnologia que possibilita a criação de robôs e androides nos filmes) são algumas das características mais fortes da organização.

Para estimular seus colaboradores e provar a qualidade de seus produtos, a multinacional afronta a inteligência humana através de desafios nada comuns. É posta em prática a velha e tão discutida disputa entre o homem e a máquina.

A “bola da vez” é descobrir quem é capaz de “pensar” com maior eficiência: o supercomputador Watson ou o maior campeão do programa norte-americano Jeopardy?

Esse é o Watson

Os engenheiros da IBM vêm desenvolvendo ao longo dos últimos três anos o Watson (o nome foi uma homenagem ao fundador da empresa, Thomas J. Watson). O objetivo da equipe é fazer com que este computador muito potente (e bota potente nisso!) vencer o quiz televisivo mais famoso dos EUA, o Jeopardy.

Neste programa distribuído pela CBS Television Distribution, três participantes são dispostos em frente a um painel com 30 monitores, nos quais são exibidas frases relacionadas com os mais diversificados temas - como política, ciência, artes, história e cultura popular. Para pontuar, cada concorrente deve formular uma pergunta que teria a frase escolhida como resposta.

Qual seria o verdadeiro desafio para o Watson?

Diferente, não é mesmo? Aqui no Brasil nenhum reality show apresentou tal formato, apenas no modelo em que o apresentador faz uma pergunta e o participante responde. Se essa forma de competir já é estranha, uma máquina tem dificuldades muito maiores.

O verdadeiro desafio

Eis que está o maior desafio do Watson: interpretar os enigmas, as ironias, as sutilezas e a subjetividade que possa existir no conteúdo apresentado durante a disputa. Sem falar nas infinitas possibilidades de assuntos abordados, no pouco tempo de processamento dos dados e na compreensão e adaptação das perguntas em uma linguagem humana (muito mais complexa que os símbolos estáticos da linguagem de computadores).

Um dos possíveis concorrentes para o supercomputador da IBM é Ken Jennings, vencedor de 75 edições consecutivas do programa, acumulando um montante de US$ 2,52 milhões no ano de 2004. Para ser justo, Watson não terá conexão com a internet durante o evento, que, segundo os boatos da web, deve ocorrer em 2011.

Estamos sendo superados pelas máquinas?

Esta não será a primeira vez que a IBM põe à prova a eficiência da inteligência do ser humano. Em 1997, o computador chamado Deep Blue contou com um processamento de 200 milhões de movimentos de xadrez por segundo para derrotar o campeão mundial da modalidade, o russo Garry Kasparov.

A derrota foi muito contestada na época e indícios de adulterações durante a partida foram motivos de reclamação por parte de Kasparov. Ele teria pedido uma revanche, mas a IBM não topou e “aposentou” o Deep Blue. Seria isso uma tentativa de encobrir alguma malandragem realizada?

As tecnologias dominam o mundo.

Deixando de lado as especulações e polêmicas, fato é que as empresas de tecnologia investem pesado em sistemas cada vez mais potentes e parecidos com a forma que o homem processa informações. Afirmar que máquinas já podem imitar o funcionamento do cérebro humano é uma precipitação.

Entre dilemas éticos e expectativas futuristas, o que não podemos negar é que os computadores chegam mais longe a cada dia que passa. Quem ganha com isso? No fundo todos nós saímos vencedores, seja com novos equipamentos para a área da saúde, inovações nos meios de comunicação ou a forma como os negócios são administrados. A tecnologia e o homem sempre andarão juntos rumo à prosperidade.

As tecnologias se renovam constantemente.

Aonde a capacidade de processamento e de inteligência artificial das máquinas pode chegar? Corremos risco de sermos dominados por supercomputadores ou isso não passa da ficção cinematográfica? Deixe sua opinião no espaço destinado para comentários!